Você ainda conta há quanto tempo está "dendicasa"? 

Por aqui, já são mais de 100 dias em isolamento social. Embora seja uma ação coletiva, a vivência desses dias tem um caráter pessoal particular e os diversos fatores podem alterar o produto. Se houver um ser vivo que não passou por altos e baixos, certezas e incertezas nessa "quarentena", aceito mais essa aula Ead. Do lado de cá, a meta é viver um dia de cada vez. Com respiros profundos, seguidos de autoabraços. 

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Passei por todas essas fases, mas não seria possível chegar até aqui sem os cuidados, o suporte de tantas pessoas. Mãe e irmã (os maiores alicerces), familiares, as amizades e seus papos que vão dos mais sérios aos mais debochados (às vezes, na mesma conversa).  Muita coisa não seria possível sem buscar manter o corpo e a mente como aliados nessa "batalha". Aí teve apelo para tudo. Dança (com direito a aula de balé após dez anos), pular corda, meditação, yoga, pro movimento em si. Também teve a maresia, o não fazer nada porque tudo isso faz parte do processo. 

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Teve delongas, corpo pesado, choro, rusga, mente vazia, descrença, mente lotada, desapego, aprendizado. Foi um momento de viagens longas sem sair do lugar, de permitir um diálogo interno que me levasse à inquietude e a flo(c)rescer. 

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Esse texto poderia ser sobre tantas coisas, mas escolhi pensar sobre tudo aquilo que me cerca e, de alguma forma, me afeta. Esse texto também poderia não existir, mas resolvi deixar essas reflexões fora da mente. E se você chegou até aqui, me conta: como tem sido por aí?

Cristiana Fernandes

@crisnandes